terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O adeus da menina


Coisas de Jenny nasceu do anseio de uma aspirante à jornalista de desenvolver um estilo literário. Não queria ficar presa às técnicas de redação jornalística, que viciam o texto. Queria narrar, mas com poesia nas linhas.
Mas não era simplesmente escrever. Era escrever obedecendo a uma regra imposta, mas com beleza; pelo desafio de escrever textos que se parecessem, que formassem um conjunto. E assim nasceu a proposta do blog: narrar acontecimentos simples, com uma leveza complexa. Histórias reais inventadas, como gosto de dizer.
Os títulos nasceram de minha dificuldade em ser criativa, mas vieram a calhar. E o número de contos também não foi escolhido de forma aleatória: eram pra ser 25, e foram. Primeiro porque 25 é um número ‘redondo’. 25 é ¼ de 100, e 25 é o número de anos que completei em meu último aniversário. É do tipo de idade que marca, que parece indicar o início de um novo ciclo.
E em nome desse novo ciclo, comunico a todos o ponto final na história da ‘menina’, e de todas as outras dos personagens sem nome das histórias que foram contadas até aqui. É preciso saber morrer para guardar o encanto por toda a eternidade.
A todos vocês que gastaram preciosos minutos da vida lendo as coisas que aqui postei, deixo o meu mais sincero agradecimento, mesmo que soe clichê. Ainda não inventaram nada melhor que os clichês para dizermos certas coisas. Cada comentário deixado foi como um carinho feito na alma e os olhos que me seguiam anônimos, o meu maior incentivo.
A ‘menina’ ganha um ponto final, mas é impossível encerrar as palavras quando elas querem gotejar para fora. Já arrumei um novo desafio e as Coisas de Jenny serão outras no próximo ano. Novas paisagens, novas poesias, novas pessoas – e as velhas também, pois o que é bom é benvindo em todas as épocas e ciclos.
Um 2011 de muita prosa-e-poesia-para todos.
Jenny