terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pesadelo bom*


O despertador tocou livrando-a de um pesadelo com alguém que há muito não via. Acordou sem se lembrar direito do que sonhara, mas com uma sensação de angústia e alguns flashes que mostravam muito choro envolvido por abraços de consolo. 

Misturada à angústia, uma saudade enorme e uma vontade de abraços reais. Vasculhou suas lembranças mais profundas e trouxe-o de volta a memória. Desejou que estivesse bem, mesmo que lhe faltassem os seus consolos. Aliás, desejou que fossem desnecessários.

Enquanto escovava os dentes, rogou uma prece em pensamento e cantarolou mentalmente algumas canções que ele gostava. Foi o suficiente para deixá-la feliz naquela manhã de segunda-feira cinzenta.

Quando fechou a porta atrás de si, levou consigo a certeza de que, caso o sonho tivesse sido dele, todas as sensações seriam iguais. Nesta hora, seu ódio por quilômetros crescia na mesma proporção de sua saudade.

Ou “O dia que senti saudades do Felipe”

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